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A classificação da Venezuela para a Olimpíada de Tóquio significou muito para uma nação inteira que é absolutamente apaixonada pelo voleibol. Ver a 'Vinotinto' no maior palco do esporte internacional pela primeira vez desde os Jogos de Pequim 2008 animou milhões de fãs no país sul-americano, mas para os 12 jogadores que estão competindo atualmente no Japão, o que eles conquistaram é ainda maior.

Em Tóquio, a Venezuela compete pela primeira vez entre a elite da modalidade desde que terminou em 11º lugar na Copa do Mundo 2015. Desde então, a equipe se limitou a torneios continentais e competições internacionais menores.

“É uma honra para nós estar de volta às Olimpíadas, é a melhor competição do mundo”, disse o levantador e capitão de equipe José Maria ‘Chema’ Carrasco. “A organização aqui no Japão é ótima, perfeita, e jogar neste grande país nos motiva a dar o nosso melhor a cada dia.”

“O voleibol é muito popular em nosso país, mas não tem sido o ideal para nós em termos de treinamento e competição nos últimos anos. Tivemos que aceitar isso e estamos felizes por termos conseguido fazer algo excelente, agarrando esta oportunidade de nos classificarmos para os Jogos Olímpicos de Tóquio."

Setter 'Chema' Carrasco is one of the most experienced players in the Venezuelan roster

Setter 'Chema' Carrasco is one of the most experienced players in the Venezuelan roster

Competir em Tóquio é definitivamente um passo à frente naquilo que o técnico Ronald Sarti certa vez chamou de "o renascimento" do voleibol venezuelano. Mas a longa ausência de torneios de nível internacional teve um impacto.

Os sul-americanos já disputaram duas partidas do grupo A na Ariake Arena e, em ambas, contra os anfitriões Japão e diante do Irã, foram derrotados em sets diretos por adversários mais fortes e mais bem preparados.

“A realidade agora é que é muito difícil para nós porque o nível de jogo é muito alto e não estamos acostumados a jogar neste nível”, disse Carrasco. “Esse foi o principal motivo de termos perdido sem sequer vencer um set. Faltou consistência e talvez se tivéssemos melhor preparação e jogássemos mais em grandes torneios, poderíamos fazer algo melhor. Teremos apenas que continuar tentando e jogando o nosso melhor em cada partida e, se surgir a oportunidade, vamos agarrá-la."

Despite a great deal of motivation, the Venezuelans couldn't challenge Japan and Iran

Despite a great deal of motivation, the Venezuelans couldn't challenge Japan and Iran

Carrasco e seus companheiros sabem disso melhor do que ninguém - a única maneira de o voleibol venezuelano melhorar de forma consistente e voltar ao nível de 15 anos atrás, quando a equipe frequentemente aparecia nos torneios mais fortes do planeta, é jogar no mais alto nível tanto quanto possível.

Eles estão fazendo exatamente isso na Olimpíada e, embora seus corações e mentes estejam totalmente engajados nessa experiência em Tóquio, que incluirá pelo menos mais três partidas, eles já têm um novo alvo em mente.

“Para nós, vir aqui e jogar neste nível, vai nos dar muita motivação quando lutarmos pela classificação para o Mundial (o Campeonato Sul-Americano) no próximo mês”, acrescentou. “É bom jogar aqui e elevar o nível do nosso jogo.”